quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ESPECIAL-Repaginado, trem-bala é analisado por vários grupos estrangeiros


SÃO PAULO/BRASÍLIA, 6 Set (Reuters) - A primeira fase do leilão do trem-bala, prevista para 29 de maio de 2013, já está provocando a movimentação de interessados em fornecer a tecnologia e operar o sistema que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Quatro empresas estrangeiras confirmaram à Reuters interesse em participar do certame: a japonesa Mitsui, a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a espanhola CAF.
O diretor da Mitsui no Brasil, Kazuhisa Ota, disse que a empresa está formando um consórcio junto com outras grandes companhias japonesas, como Toshiba, Hitachi e Mitsubishi Heavy Industries, a quem caberia o papel de liderar a parte tecnológica do grupo.
Na opinião do executivo, a mudança no modelo da licitação, que separou a operação e a infraestrutura do trem de alta velocidade (TAV), foi bem-vinda. A visão é que, agora, as empresas estrangeiras detentoras de tecnologia ficam menos expostas aos riscos da obra civil do projeto.
"Essa modelagem nova resolve muita coisa, facilita as coisas", disse Ota à Reuters.
O diretor-presidente da CAF no Brasil, Paulo Fontenele, condorda. "O risco da construção civil foi eliminado, porque o governo assumiu o risco... Estamos vendo (o leilão) com muita serenidade."
A CAF e a também espanhola Renfe formarão consórcio para participar da primeira fase da disputa, e o grupo deverá ter parceiros brasileiros. "Estamos trabalhando, nossos estudos estão prontos. Estamos montando um consórcio a partir da Espanha", afirmou Fontenele.
De acordo com ele, todo o material rodante a ser utilizado, caso o consórcio seja o vencedor, será fornecido pela CAF, que já possui uma fábrica de vagões em Hortolândia (SP). "Queremos fabricar (os trens) em Hortolândia e já estamos estudando a ampliação da fábrica."  

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