sexta-feira, 25 de maio de 2012

Crédito desacelera em abril e inadimplência sobe--BC


BRASÍLIA, 25 Mai (Reuters) - O crescimento do estoque de crédito no Brasil desacelerou em abril, enquanto a inadimplência voltou a subir, mas o governo mantém o discurso de que há sinais de melhora nos financiamentos. Isso porque as concessões de empréstimos registram alta em maio, apesar de bem menor à vista em abril.
Segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira, o total de crédito disponibilizado no sistema financeiro do país cresceu 1,2 por cento em abril, para 2,1 trilhões de reais. Esse valor representa 49,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o maior da série histórica do BC.
É o terceiro mês consecutivo de alta apesar de um ritmo mais lento ao registrado em março quando, segundo os dados atualizados, o estoque havia crescido 1,89 por cento.
Em 12 meses, o crescimento do crédito ficou em 18,1 por cento em abril, sendo que a previsão do BC é de que o estoque avançará 15 por cento neste ano.
As concessões de empréstimos pela média diária, apesar de registrarem expansão, também estão desacelerando. Depois de crescer 6 por cento no mês passado, em maio até o dia 14, o crescimento estava em apenas 0,3 por cento. Para pessoa física, havia queda de 4,1 por cento e, para empresas, alta de 3,8 por cento.
O chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, reafirmou a perspectiva de alta no crédito para os próximos meses e minimizou a parcial de maio. "Temos observado nos últimos anos que, em maio, caem as concessões de crédito", afirmou sem explicar o motivo.
O BC havia sinalizado que o mercado de crédito estava voltando a dar sinais de crescimento mais sólidos. Na última quarta-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, informou que a média diária de concessão de crédito no país havia crescido 6 por cento em abril, quando comparado com março.
O governo, que recentemente mostrou preocupação com o ritmo lento do mercado de crédito, atuou para estimular a oferta de empréstimos e financiamentos. Para isso, adotou medidas -como redução de compulsório bancário e do Imposto sobre Operações de Financiamento (IOF)- e colocou os bancos públicos para liderar movimento de redução das taxas de juros ao consumidor final.

Dilma faz 12 vetos ao Código Florestal e editará MP


BRASÍLIA, 25 Mai (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff fez 12 vetos ao texto do Código Florestal aprovado pelo Congresso e editará uma medida provisória para preencher lacunas no texto que sancionou.
"São 12 vetos, 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado Federal, 5 correspondem a dispositivos novos incluídos e 13 ajustes ou alterações de conteúdo do projeto de lei", disse o advogado geral da União, Luiz Inácio Adams, em entrevista coletiva.
"Essas alterações serão promovidas através de medida provisória", completou.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse na entrevista que as mudanças no Código não preveem anistia a desmatadores. Também participaram da coletiva os ministros Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Mendes Ribeiro (Agricultura).
"Não tem anistia", garantiu a ministra a jornalistas. "Todos terão que recuperar o que foi desmatado", assegurou.
A proposta do governo, anunciada nesta sexta-feira, prevê que o percentual da área de preservação permanente (APP) a ser recuperado dependerá do tamanho da propriedade, acrescentou a ministra.
As APPs são regiões a serem protegidas com a função de preservar recursos hídricos, a estabilidade geológica e a biodiversidade, entre outros.
O texto enviado pelo Congresso ao Planalto deixava indefinidas as regras de recuperação nas Áreas de Preservação Permanente (APP) nas margens de rios com mais de 10 metros de largura, o que, na opinião de críticos, trouxe enorme insegurança jurídica.
Na avaliação do ministro da Agricultura, o texto com os vetos sancionados nesta sexta-feira e a medida provisória a ser editada pelo governo não só garantirão essa segurança jurídica, como também não prejudicarão a capacidade do país de produzir alimentos.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Após prestar depoimento sobre fotos, Dieckmann deixa delegacia no Rio


A atriz Carolina Dieckmann deixou a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Centro do Rio, às 16h30 desta segunda-feira (7). Ela foi ouvida sobre o caso do vazamento de 36 fotos em que ela aparece nua em um site pornográfico. Carolina, que passou mais de sete horas na delegacia, não falou com a imprensa.
De acordo com a Polícia Civil, além da atriz também foram ouvidos o empresário e um secretário dela. Os nomes das testemunhas não foram revelados.
A polícia informou que abriu inquérito por extorsão qualificada pelo concurso de agentes, difamação e furto.
O computador da atriz foi encaminhado para perícia. Ela desconfia que as fotos publicadas em dois sites estrangeiros e replicadas no Brasil tanto na internet quanto em jornais tenham sido copiadas quando o computador foi levado para reparo.
O advogado da atriz, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o depoimento dela durou mais de duas horas. "Agora é esperar a polícia fazer o seu trabalho", afirmou na saída da DRCI .
Google notificadoCarolina chegou à delegacia às 9h15 com o marido, o diretor Tiago Worcman, e com o advogado em um Range Rover branco. Um carro com seguranças escoltava a atriz.
O advogado da atriz contou que notificou a Google para impedir que as pessoas busquem na internet as fotos de nudez da atriz. Ele disse também que o dois sites pornográficos que publicaram as imagens foram identificados e estão hospedados em Londres e nos Estados Unidos. Segundo ele, as fotos foram tiradas para intimidade do casal: “Ela é uma pessoa que tem direito à intimidade. As fotos foram tiradas para intimidade do casal, ela e o Thiago [Worcman], que está aqui agora em depoimento”, declarou.
As 36 fotos de nudez da atriz foram publicadas sexta-feira (4). A atriz chegou a receber e-mails exigindo R$ 10 mil para que as fotos não fossem publicadas, mas não aceitou a chantagem.
Carolina sai da delegacia sem falar com a imprensa (Foto: José Raphael Berrêdo/G1)Carolina sai da delegacia sem falar com a                
imprensa (Foto: José Raphael Berrêdo/G1)
Procurada pelo G1, a assessoria do Google Brasil informou que não se pronuncia sobre casos específicos.
A atriz suspeita que as fotos tenham sido copiadas de seu computador, que dias antes tinha sido levado a uma loja para conserto. As imagens foram postadas sexta (4) e replicada em sites no Brasil, além de jornais.

“Mesmo com o desgaste da exposição, ela teve uma posição de enfrentar essa situação. A Carolina é uma cidadã responsável e está agindo com muita dignidade em toda essa situação. Esse caso é emblemático até mesmo pela imagem que ela representa”, afirmou Antonio Carlos. Por meio de e-mails, o chantageador pediu R$ 10 mil à atriz.
Chantagem
Mesmo sendo vítima de chantagem para que as fotos em que ela aparece nua não fossem divulgadas, a atriz Carolina Dieckmannresolveu enfrentar a situação e os riscos de ter sua intimidade exposta, diz o advogado.
De acordo com Castro, a atriz ainda está abalada, mas disposta a enfrentar a situação. “Não entrei em detalhes familiares, mas sei que ela está recebendo muito apoio da família, especialmente do marido”, destacou.