quarta-feira, 31 de julho de 2013

Itaú Unibanco lucra mais no 2ºtri, mas reduz previsão de crédito




SÃO PAULO, 30 Jul (Reuters)- O lucro do Itaú Unibanco subiu 8,4 por cento no segundo trimestre na comparação anual, impulsionado por maiores spreads e menores provisões para calotes, mas o maior banco privado do país reduziu a previsão de crescimento de sua carteira de crédito no ano, por conta da fraqueza da economia brasileira.
O Itaú Unibanco registrou lucro líquido de 3,583 bilhões de reais de abril a junho, informou a instituição nesta terça-feira. Em bases recorrentes, o lucro foi de 3,622 bilhões de reais, em linha com expectativa de analistas consultados pela Reuters.
O resultado foi ajudado pela melhora no spread de crédito líquido -- a diferença entre os custos de captação e os cobrados de clientes-- e menores gastos com provisões para calotes. O spread subiu pela primeira vez em cinco trimestres, para 7,2 por cento -- 0,2 ponto percentual acima do trimestre anterior.
Para o diretor corporativo de controladoria do banco, Rogério Calderón, o spread alcançou um ponto de inflexão. "Para nós, esta inflexão já aconteceu e a performance positiva neste trimestre é bastante definida", disse.
O banco também colheu o resultado do foco nas linhas de financiamento de menor risco, como consignado e imobiliário. O índice de inadimplência acima de 90 dias caiu para 4,2 por cento, ante 5,2 por cento um ano antes. A previsão do banco é de que esse índice cairá mais nos próximos trimestres.
Com isso, as despesas com provisões para perdas com inadimplência recuaram 20 por cento na comparação anual, para 4,9 bilhões de reais.
A melhora na qualidade dos ativos, porém, veio acompanhada de um fraco crescimento do crédito. No fim de junho, a carteira de financiamentos do grupo era de 445,1 bilhões de reais, apenas 7,67 por cento maior do que um ano antes. Devido ao foco em linhas mais seguras, o banco pisou no freio nas concessões de financiamentos como o de veículos, que encolheu 20 por cento em 12 meses.

E, diante o cenário mais desafiador da economia, o banco reduziu a previsão de crescimento de sua carteira de crédito em 2013, para uma faixa entre 8 a 11 por cento, ante 11 a 14 por cento previsto no início do ano, na esteira de movimento semelhante anunciado na semana passada pelo rival Bradesco.  

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