terça-feira, 8 de março de 2011

Com desfile fraco, mas digno, Difícil é o Nome abre o Grupo de Acesso B

Apresentado um carnaval de orçamento limitado, mas empenhada em mostrar um bom trabalho na Marquês de Sapucaí, a Difícil é o Nome abriu a noite de desfiles do Grupo de Acesso B. O principal problema do desfile da agremiação, que falou sobre as datas solenes comemoradas ao redor do mundo, ficou por conta do visual apresentado nas alegorias, extremamente confuso. De positivo, o fato de os componentes terem se dedicado e cantado o samba de maneira satisfatória. A atuação do intérprete Sidney de Pilares também deve ser valorizada.

A agremiação de Pilares começou a evoluir quando o cronômetro já marcava cinco minutos e a comissão de frente da Vermelho e branco apresentou coreografia simples em todas as quatro cabines de julgadores. O grupo levou um tripé bem decorado, mas as apresentações para o júri duravam muito pouco. Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado pelos jovens Serginho e Amanda, mostrou passos poucos usuais na dança de um casal. Destaque para a cumplicidade entre ambos e a vitalidade na dança.

Após uma ala de baianas bem vestida, ficou claro a concepção equivocada das alegorias da escola. Já no abre-alas, o excesso de informação e formas ficou evidente. Fato que se repetiria nas outras três alegorias apresentadas pela Difícil. Apesar do problema, não foi possível perceber grandes falhas de acabamento, fato comum nas escolas que são oriundas do Grupo de Acesso C.

As fantasias, se não eram luxuosas, ao menos mostravam fácil leitura e capricho no acabamento. Um fato a se lamentar é a ausência do chapéu nas fantasias de algumas passistas. O grande destaque do desfile foi a atuação de Sidney de Pilares, que mesmo com um samba de gosto duvidoso, teve boa atuação. Praticamente todas as alas cantaram bem a obra.

Outro problema enfrentado pela agremiação foi a evolução da terceira cabine de julgadores até o fim do desfile. Por precipitação de alguns diretores de harmonia, que pareciam não saber que o tempo máximo de desfile é de 53 minutos, a escola passou pelos dois últimos módulos praticamente sem parar. Nem mesmo a bateria entrou no segundo recuo.

Os ritmistas da Difícil é o Nome, comandados pelo mestre Dico fizeram um bom trabalho. Com boa afinação e bossas dentro do contexto da melodia do samba, a bateria só deixou a desejar em dois aspectos: nos tamborins, que apresentavam falha na execução em alguns momentos e; no andamento, que caiu muito da metade até o final do desfile. Destaque também para os surdos de terceira, que apresentaram desenho rítmico criativo.

A Dificil é o Nome encerrou o seu desfile com 49 minutos na pista.
Fonte: Portal SRZD

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