terça-feira, 9 de novembro de 2010

Banco Panamericano vai receber injeção de R$ 2,5 bilhões Recursos foram obtidos junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Objetivo é 'restabelecer

Banco Panamericano vai receber injeção de R$ 2,5 bilhões
Recursos foram obtidos junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Objetivo é 'restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial', diz comunicado.


O Banco Panamericano informou nesta terça-feira (9) que irá receber um aporte de R$ 2,5 bilhões de seu principal controlador, o Grupo Silvio Santos. Os recursos foram obtidos junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), tendo os bens do grupo como garantia.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, o Panamericano informou que o objetivo do aporte é “restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização, em virtude de terem sido constatadas inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade”.

“A decisão reflete o compromisso do controlador com a higidez da instituição, sua responsabilidade com o mercado e com a preservação dos interesses dos seus clientes, depositantes, fornecedores e colaboradores, além de preservar a integridade da atual participação dos demais acionistas”, diz o Panamericano em nota.

Assembleia
O banco informou ainda que convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para indicação de nomes para formar um novo Conselho de Administração e já indicou uma nova diretoria-executiva.

Especializado nos segmentos de leasing e financiamento de automóveis, o Panamericano teve 49% do capital votante e 35% do capital total vendido para o banco estatal Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões.

A aquisição, feita por meio da CaixaPar, braço de participações da Caixa, foi parte dos esforços do governo para ampliar a participação dos bancos públicos no crédito, em meio aos efeitos da crise de 2008 que fizeram as instituições financeiras privadas reduzirem a oferta de financiamentos.

Ao final do segundo trimestre de 2010, o banco possuía uma base total de 16,9 milhões de clientes cadastrados, dos quais 2,1 milhões ativos.

Nesta terça, rumores de mercado davam conta de que o banco poderia sofrer uma intervenção do Banco Central e levaram as ações da instituição a fechar em queda 6,74%.

*Do G1, com informações da Reuters

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